sábado, 30 de abril de 2011

eric clapton em porto alegre 2011 - eu não vou!


o eric clapton vai tocar em porto alegre de novo. não vou por alguns motivos:

1º) com a minha verba atual só está dando para assistir show do mano lima de graça no festival da rádio farroupilha em dia de passe livre;
2º) porque não sou tão fã do cara assim que tenha que ver ele duas vezes;
3º) porque eu corro o risco de precisar assistir o frejat de novo no show de abertura;
4º) porque o eric clapton foi muito antipático no show anterior. tá certo que porto alegre fica lá em deus me livre e ele deve achar um saco. mas se o sir paul maccartney - sendo quem é - tocou bem faceiro por aqui, mr. clapton poderia pelo menos ter a fineza de disfarçar um pouquinho. não precisa essa palhaçada de tocar o hino do rio grande, mas convenhamos que ele ganha a vida (e muito bem) tocando guitarra e não dando aula em um mocó em viamão.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

sexta à noite



a próxima festa que eu for poderia ser assim.

se eu já não fosse fã do cara

teve painel rbs com o falcão e o renato gaúcho agora há pouco. aí o maurício saraiva, gênio do jornalismo esportivo, fez essa pergunta brilhante:

- como soa ser chamado de "rei de roma"?

falcão:

- soa bem, ué.

como diria um daqueles incontáveis bordões do zorra total: pergunta idiota, tolerância zero. se o falcão já não tivesse ganho tudo que ganhou pelo inter, eu teria virado fã do cara agora.

é, carlos alberto...


... arrastou o bidó no chão...


... e depois se cagou todo. ouvi falar que funcionava ao contrário.

aê, marty mcfly!


deixa um desse lá em casa!

o cara


o bolatti joga o fino da bola.

ps.: tá certo que teve o nilmar há pouco, mas faz tempo que o inter não tinha um centro-avante daqueles que empurra a bola pra dentro. aliás, o nilmar e o damião juntos fariam um estrago.

Dureza Real

Frase da Mara, minha colega de serviço:

"Amor mesmo é o do Príncipe Charles. Amar a Kate Middleton é fácil, dureza é ser apaixonado pela Camilla Parker"

Não tiro a razão



quinta-feira, 28 de abril de 2011

que periga

já que o primo distante tocou no assunto dos sonhos estranhos, quero contar um horripilante que eu tive essa noite. sonhei que tava dando uma banda num lugar esquisito, cheio daquelas prostitutas com cara de coitada, pra pagar alguma coisa que tinha a ver com o meu carro. lá pelas tantas apareceu um travecão gordo, todo sujo, que quando caminhava deixava aparecer uma super manga por baixo da saia. eu, que ja tava meio cabreiro neste ambiente, fiquei muito apavorado quando o travesti veio na minha direção dizendo que tava cansada de levar ferro e que ia meter no meu boró só pra variar um pouco. saí correndo evitando a devassa do meu furico, mas fui pego. quando ia ter meu destino selado (ou melhor, arregaçado), apareceu o meu pai e deu uma surra no travesti gordo e sujo, arrancou aquela pemba diabólica e me salvou. o que aconteceu depois eu não lembro.

a contragosto

tem uns artistas que eu acho um saco mas lá pelas tantas eles me saem com umas músicas legais e eu acabo escutando. aí rola uma coisa meio ambígua que é pagar pau pra alguém que você não curte. o meu exemplo clássico disso é a alanis morissette. acho ela uma ultra chata de galocha, mas me pilho um monte com esse som aí abaixo, hands clean. é uma merda, mas acontece.

carpano



eu tenho que ser muito tararaca pra achar graça dessas coisas (até porque o resto anda osco)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

vou apertar, mas não vou acender agora...


uma vez resolvi acampar com umas figuras da faculdade. saímos todos das nossas aulas à noite e fomos para os quênions (ou cânions, como preferem alguns) lá dos aparados da serra. era uma época em que eu era mais dado aos prazeres ilícitos da vida, vamos dizer assim. viajamos durante a madrugada na van alugada dum cara que começou a ser chamado de adam por causa do seu cabelinho. quando chegamos, não tinha amanhecido ainda e resolvemos esperar o sol levantar para iniciarmos a caminhada. nesse meio tempo resolvi apertar um baseado pra me distrair, mas não ia sair chamando os outros pra fumar junto. tinha umas pessoas que eu nem conhecia direito e não tava afim de sair espalhando pra todos que eu dava um tapa na macaca, vai que alguém fosse contra. o caso é que todo mundo que tava na van (que eram umas oito pessoas) teve a mesma ideia e quando percebi tinha cada um num canto incendiando um pastelão, inclusive o motorista. foi um final de semana jamaicano quênion malacara. mas esse trololó todo foi para dizer que nós passamos a viagem toda escutando stevie ray vaughan que eu acho fooooooooooda.



ps.: além dos fumígeros, também tinha um vinho calhorda que compramos em são francisco.

galo véio

o theo tá deixando de usar fraldas para dormir agora, mas como sempre acaba acontecendo, às vezes ele deixa escapar um xixizinho. para isso não acontecer, eu levantei de madrugada para ele ir ao banheiro. pela manhã, quando fui levar o mamá dele, ele me disse:

- eu não fiz xixi, papai. sô homem forte!

L7 - Pretend We're Dead



Porra, o Blogger entrou em crise quando tentei colocar dois vídeos no mesmo post. Espero que agora dê certo.

Trilha sonora

Nos últimos tempos (leia-se de uns dois meses pra cá) a minha trilha sonora são as bandas tosqueras dos anos 90. Eu e o Muchacho conversamos bastante sobre isso já, e acho mais preza as bandinhas dos anos 90. Era mais simples, não rolava aquela monte de onda de sou deprê, uso preto, maquiagem e o diabo a quatro dos anos 80, e o som em si, me agrada muito mais.
Acho que somado a isso, vai um pouco da nostalgia. Essa era uma época em que eu estudava de manhã, chegava em casa, batia um rango, dava um bode e depois me grudava na frente da tv para ver MTV. Isso no tempo em que passava clipes por lá.
Alice in Chains, Pearl Jam, Hole, Nirvana, Smashing Pumpkins, L7, Meat Puppets, entre outras coisas que já escutava, como os punk rock desse década e o Mighty Mighty Bosstones, é o que tá comandando as minhas orelhas.

Vou colocar dois sons que representam bem essa fase, por questões distintas, e que eu acho do cacete

"esta é a minha festa"



é possível que eu tome umas chineladas pela minha afirmação, mas que porre se tornou o beco. é uma casa noturna aqui de porto alegre para uma galera mais moderninha. escutei o som acima e lembrei de um cinco ou seis anos atrás, quando o beco funcionava na avenida joão pessoa, ao lado do viaduto. era escurão, meio sujo e tal, mas era barato e tocava música boa. me dá um pouco de saudade dessa época porque passei por umas situações engraçadas lá.
uma delas foi a seguinte: como todo lugar que se pretende "underground" aqui em porto alegre, o beco era frequentado por uma galera mais descolada (ou qualquer outro nome que se dê pra quem se enfia em uma jaquetinha justa da adidas ou se fantasia de julian casablancas). aí nós enchíamos o saco dum amigo nosso pra ele ir com o tradicional traje de festas dele que era um sapatênis bege, um cinto com fivelão de sertanejo e uma camisa laranja da nike. o cara era olhado muito de canto de olho pelos outros, mas enchia o caminhão de cerveja igual a todo mundo (cerveja que, aliás, custava cinco pilas).
mas a história mais espetacular de todas foi a da "senha secreta". a minha esposa e eu estávamos em canoas, no aniversário de 15 anos da filha de uma colega de trabalho dela, quando nos ligou uma louca. "ai! por favor! vão no beco comigo! por favor! vai ser muito legal! é uma festa secreta, com senha e tudo". acho que a casa em que funcionava o estabelecimento tava tendo problemas com a vigilância sanitária na época, então fizeram todo mundo entrar pelos fundos. a porra da senha para entrar era "esta é a minha festa" ou algo do gênero. o idiota aqui chegou no local lá por umas duas e meia da manhã e lascou:

- esta é a minha festa.
- beleza, pode entrar. é dez reais por cada.

em seguida veio um malandro:

- aê! tá tendo festinha?
- tá. entra aí! é dez reais por cada.

dessa papagaiada pra frente, o tal do beco mudou para a avenida independência, encareceu suas entradas e virou um lugar daqueles para ver e ser visto. faz uns três anos que não coloco meus pés lá dentro.

craaaaaássico



o último real madrid e barcelona que eu assisti foi uma rajada do ronaldinho. o cara tava enlouquecido, driblou até o roupeiro do real. o primo distante tava junto, foi na casa de um outro grande amigo nosso. tô achando que hoje a coisa vai pelo mesmo caminho.

tempos muito modernos

pedi aos meus alunos que trouxessem material para fazer um trabalho sobre a reforma protestante. vieram livros, várias cópias e outras fontes. aí, enquanto eles trabalhavam, um dos meninos me mostrou o celular:

- dá pra usar isso, sor?
- o que é isso?
- wikipedia, sor.

ia mandar o guri guardar o celular porque não pode usar na escola? claro que não. só dei uma olhada para ver se o que estava escrito ali realmente seria útil.

terça-feira, 26 de abril de 2011

não aceito



até tu, rivers cuomo, meu filho? quem mais tá faltando fazer participação em clipe de rapper? o bob dylan? até ontem o cuomo fazia voto de castidade em prol da qualidade da sua música, agora ele canta um rap cagado com esse mano dizendo que vai pegar a mulherada. o mais foda é que o cara fez parceria com um rapper que rima diesel com evil kenevil. quase devolvi meu vinil do wezzer!

não começa

qual é o técnico perfeito? aquele que não tem um bruxo, que escala quem estiver jogando melhor e esse eu não conheci ainda. o falcão tá indo bem e me causou surpresa quando escutei ele dando entrevista dizendo que o andrezinho é titular absoluto, que o andrezinho está melhor taticamente que o oscar.
porra. eu não devo entender nada de futebol porque só vejo o oscar gastando a bola e o andrezinho fazendo aquele jogo dele de sempre. até acho que o andrezinho joga bem, mas tá complicado de engolir que ele é melhor para o time que o oscar. pois é, vejamos o que vem pela frente...

que pena



fiquei genuinamente chateado quando escutei que o rui biriva tinha falecido ontem. se não sou exatamente um fã da sua música, sempre achei ele uma figura muito simpática. quando li o arquipélago, na minha cabeça o xirú mena tinha a cara do rui biriva. também lembro quando ia visitar o meu padrinho e ele me acordava com "a castelhana" explodindo no rádio. que pena mesmo.

Complemento do post anterior

Quando disse no post anterior que cheguei a sonhar com o Leandro Damião é verdade. Eu sonhei mesmo. Sonhei que eu estava no Grenal, na beira do campo ainda por cima, e o camisa 9 colorado esgrumilhava de tanto fazer gol. Era uma rajada de gols. Um atrás do outro. E eu ficava desesperado gritando "Alguém qubra ele, alguém quebra ele". Não sei se no sonho o jogo era no Olímpico, ou no Beira Rio, se era pela Libertadores, ou pelo Gauchão. Na real nem sei quanto tava o jogo, mas eu só queria que alguém quebrasse o Leandro Damião.



Que falta me faz um Dinho.






Confiança (ou a falta dela)




Minha confiança não é das maiores para com o meu time. Faz meses que não fazemos uma boa partida. Quer dizer, boa partida até rolou, mas uma que desse alguma tranquilidade, isso não ocorreu. Na zaga, se o Rafael Marques fosse substituído pelo Muchacho, não faria a menor diferença. Mesmo nas condições físicas que o Muchacho se encontra. Aliás, faria diferença sim, teríamos mais pescoções sendo distribuídos por aí. O que me agradaria mais. Rodolfo é outra nulidade.




Com a iminência de uns 800 grenais em um mês, a única coisa em que eu consigo pensar é no Damião subindo contra essa zaga de botão do Grêmio. Chego a sonhar com isso.




Acho que o professor vai ter que contar com algum coelho da cartola, ou nossa proclamada imortalidade vai escorrer pelo ralo.








segunda-feira, 25 de abril de 2011

cuidado com o que se pede


sou fã confesso do peñarol. meu avô gostava do clube e eu herdei o gosto e um time de futebol de botão dele. agora que o colorado vai enfrentá-los na libertadores da américa, tô emplogadão, achando bem bacana. primeiro porque vai ser um super clássico, segundo porque sou torcedor de um time e simpatizante do outro e terceiro porque acho uma merda quando o adversário do inter é o chucharritos da bolívia, especialmente na fase de mata-mata. então quero que o internacional se classifique sim, mas que os dois jogos sejam daqueles que façam jus à tradição das duas equipes. não quero que o inter perca, mas tabém não ia achar legal que o inter passasse com duas arriadas. ou até acharia legal que isso acontecesse, mas que fosse por mérito do inter e não pela decadência do time uruguaio. vamos ver o que os próximos dois jogos nos mostrarão.

li e reli


levei para o feriado "o exército de cavalaria" de isaac bábel. são contos sobre a campanha dos cossacos na guerra entre russos e poloneses na década de 1920. apesar de curtos, os contos de bábel sempre deixam uma marca profunda da crueza e mesmo da violência inerentes ao ser humano. descobri o autor lendo um romance do rubem fonseca, "vastas emoções e pensamentos imperfeitos", e não por acaso os contos dos dois autores tem muitas relações, na forma e no conteúdo, com frase curtas e incisivas. acho que por gostar muito do rubem fonseca, o meu conto favorito do bábel é o que ele mais elogia no romance dele, "a morte de dolguchov". segue um trecho desse conto, também citado em vastas emoções...

"Ele (Dolguchov) permanecia sentado com as costas apoiadas numa árvore. Uma bota de cada lado. Sem desviar os olhos de mim, ergueu cautelosamente a camisa. Sua barriga estava rasgada, as entranhas transbordavam sobre os joelhos e via-se o caração bater.

(...)

Trocaram poucas palavras, mas não consegui ouvir nada . Dolguchov estendeu seus documentos ao comandante. Afonka escondeu-os na bota e depois deu um tiro na boca de Dolguchov."

o que sobrou para o grenal?


o jogo contra o juventude mostrou algumas coisas importantes para o torcedor colorado. a primeira delas é a mão do falcão no time. e nem falo do papo da substituição do sóbis, mas da postura do time mesmo. o gol do bolatti, por exemplo. quando que na época do celso roth um volante ia estar na intermediária do adversário para pegar a sobra do ataque? não é papagaiada, o time está mais para frente mesmo.
outra coisa não tem nada a ver com o falcão. tem uns jogadores que jogando bem ou mal sempre vão ser aplaudidos pelo torcedor. é o caso do tinga que realmente tava mal antes de parar por lesão. mas descontado ou não o cara corre, dá porrada, vai pro ataque e tenta alguma coisa. acho que para a sorte dos colorados (só não se sabe por quanto tempo) estão surgindo jogadores habilidosos com estas características também: o oscar e o leandro damião. eles tomam pau e vão pra cima mesmo assim.
por outro lado, tem uns caras que, apesar de esforçados, não podem mais vestir a camiseta de titular do colorado. é o caso do nei, que nem ataca nem defende. ou do renan, que eu achava que seria um novo taffarel, mas voltou de mal com a bola. não dava para tomar aquele gol de falta.
e pra encerrar, tem coisas que sempre acontece em inter e juventude. tipo o inter sair ganhando, tomar um gol cagado e depois tomar um horror. pra nossa sorte, a parte do horror foi amena ontem.

ps.: posso estar viajando, mas acho que aquele jardel do juventude seria um bom reserva para o guiñazu.

domingo, 24 de abril de 2011

do balaio também vale


a quem interessar possa, tem vários encadernados da panini a preços módicos (r$ 10) nessas bancas que vendem o que ficou encalhado nas editoras. eu vi o "massacre de mutantes" numa banca da praia. é uma saga dos x-men que eu li algumas partes quando era piá. o foda é que eu tava sem dinheiro e não deu pra levar.

se fosse um futevôlei em grama sintética, quem sabe?


pra não perder o costume, quero espinafrar a viadagem que vem se tornando habitual ao grêmio no campeonato gaúcho. todo mundo foi jogar no campo do zequinha e ficou frio. uns até falaram na possibilidade de lesões, mas ficou só no comentário. aí me chega o grêmio e começa a dizer que se recusa a jogar no gramado sintético. depois viram que não colou e só falavam do cuidado em não se machucar, em não fazer dodói nas bonecas e isso e aquilo. só não falavam do cruzeirinho que já enfiou um chouriço no rabo da dupla grenal esse ano e tava louco para meter outro. essa baitolagem tá dando no saco! antes os caras iam até bagé jogar na buraqueira e passavam por cima, agora ficam se vacinando, desviando o foco para o caso de sentarem na graxa. essa putice começou com o renato se encolhendo para ir a erechim (acho que era erechim) no início do campeonato para comandar o time da casamata - sem falar daquela imbecilidade do "inter b", porque o inter não fica atrás na frescura. vai tomar no cú! pode perder ou ganhar, mas vai lá, joga e não enche o saco!

ps.: falando em chouriço no rabo, vai começar inter x juventude agora.

aventuras de um "colecionista"


quarta-feira véspera de feriado. mais de uma hora para fazer menos de cinco quilômetros na br-116 trancada. motoristas fazendo todo os tipos de estupidez possíveis. faltava alguma coisa? claro, o theodoro querendo fazer cocô nesta situação apocalíptica.
depois de muita paciência, conseguimos pegar a estrada para a praia e paramos num desses posto de gasolina que tem banheiro, lancheria, borracharia, farmácia e clínica psiquiátrica. aproveitando o ensejo, decidimos comer alguma coisa e alguma coisa foi um suco de cinco reais e um pastel de seis, as pechinchas da casa. indo para o caixa, saí correndo atrás do theo que voou em direção a seção de brinquedos do posto de gasolina decidido a levar tudo. depois de convencê-lo a sair da loja, dei uma espiadinha rápida no expositor de hot wheels que tinha ali.
lá estava o batmóvel da coleção de 2011. aquele que só vem um por lote. aquele que só eu e mais uma meia dúzia deve ter em todo o estado. não tive dúvida e me atirei, mesmo custando r$ 8,90. agora sou um colecionador de verdade.

páscoa



sempre ouvi que páscoa é tempo de renovação. a alegoria de cristo renascendo sempre (nem sempre) nos faz pensar naquilo que desejamos mudar ou melhorar e acabamos concluindo que amadurecemos aos poucos. às vezes me perguto se realmente mudamos para melhor. a cada ano que passa vejo as responsabilidades se multiplicarem e às vezes isso me causa uma sensação de desamparo danada. a cada páscoa vejo um pouco daquele que eu era ficar mais distante e ao mesmo tempo não sei exatamente do que me aproximo. gostaria de ter menos dúvidas, só de vez em quando.



ps.: falando em dúvidas, qual das versões acima é a mais legal? difícil (embora a lily allen seja mais bonita que o gordinho do keane).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

positivo e operante

por uma veia militaresca que agora me escapa a origem, eu tenho a mania de dizer negativo em vez de não quando eu estou bravo. aí, o theodoro me veio com essa um tempo atrás, quando eu disse que era para ele guardar os brinquedos dele:

- guenativo, papai! guenativo!

procura-se!!!



negociamos recompensa.

uma alternativa ao tenão



quem circula na casa dos trinta lembra deles. voltaram agora (agora não, já tem um tempinho) pela vans, só o preço que não é parecido com o daquela época.

resultado da enquete do sovaco

de acordo com a galera do sovaco, o bono vox deveria aproveitar sua influência junto aos chefes de estado para convencer jesus cristo a ressucitar o mar morto tal qual lázaro e conscientizar as pessoas de uma ação mais humanitária com os mares, oceanos e correlatos. aproveitando os assuntos bíblicos, uma feliz páscoa a todos!

após passagem messiânica pelo brasil, qual deve ser a próxima ação humanitária de bono vox:

resultado: se reunir com jesus cristo para discutir a ressureição do mar morto. (54%)

mais questionamentos saudáveis como chocolate ao lado.

terça-feira, 19 de abril de 2011

um bom dia adiantado...



... porque amanhã eu vou estar com um sono danado e sem vontade de falar com ninguém.

what?

quando ouvi falar do projeto do deputado carrion de restringir o uso de palavras estrangeiras no rio grande, até achei bacana, embora inócuo. sempre achei um saco aquelas pessoas que, na tentativa furada de conseguir algum tipo de distinção, dizem que precisam de um feedback no lugar de um retorno, ou que querem printar alguma coisa ao invés de imprimir. para alguns, parece que ter algum vocabulário do inglês, por exemplo, dá a aqueles que o usam a mesma sofisticação que alguém que mora em nova iorque tem (ou não). daí eu vi que o deputado queria que trocassem mouse por rato e já deixei de simpatizar com a causa.
aliás, a forma como algumas pessoas se expressam mostram muito uma certa "carência" que sentem. o caso clássico disso é o ambiente de trabalho. quanto maior o uso de termos técnicos desnecessários, maior é a necessidade de pedir um esclarecimento. para se sentirem necessários, alguns começam a falar em código para que possam traduzir para os leigos o seu conhecimento. no meu trabalho, por exemplo, existem os n.e. (alunos com Necessidades Especiais, óbvio) e as h.b. (as Hora Bunda, aquele tempo que é usado para "planejamento").

segunda-feira, 18 de abril de 2011

é assim que se faz



é a moral do faustão: quem sabe faz ao vivo! ô lôco meu!

Sobre o post do Muchacho.

Memória é associação. Aprendi isso primeiro vendo a série Fringe, e depois aqui no trampo, que é uma Clínica de Psiquiatria. Quando escutei e li o que o Muchacho escreveu, veio uma lufada daquele tempo. Fiat Uno, galera indo pra qualquer lugar beber alguma coisa, alguns com dinheiro, outros nem tanto, litros de cerveja, domingos com gosto de cabo de guarda chuva na boca e por aí afora.

Outra coisa que me veio à mente, era que eu comprava discos a esmo. Esse do The Thrills por exemplo, não conhecia a banda. Lembro que estava eu, dando uma das minhas visitadas na Livraria Cultura, sem pretensão e vi esse disco. Olhei a capa e o nome, e gostei. Comprei. Quando escutei o som - que diga-se de passagem não era bem o que eu pensava que fosse- curti bastante. Esse tempo, em que eu ia às livrarias e lojas de disco com 30 pila no bolso para ver se tinha alguma coisa que me agradasse também me veio à mente.


Foi legal escutar esse som, e lembrar de um tempo mais despretensioso.


como se tornar um muchacho em cinco discos


foi quando eu aprendi a ser revoltadinho. ainda tava perigando virar pagodeiro e um primo me mostrou o disco para escutar. o pessoal lá em casa sofreu um pouquinho.


já tinha sido apresentado ao iron maiden e outras coisas do gênero e até achava legal. mas quando vi o angus young batendo cabeça e aquele gritedo do brian johnson foi uma revolução. na época que a galera era do metal, punk ou grunge, me surgiu o hard rock para a salvação.


uma verdadeira redenção na minha vida. com o neil young descobri que o cara não precisava ser ultra foda e agressivo para ser legal. um verdadeiro amadurecimento musical.


inaugurou uma das minhas verdadeiras paixões musicais: a música com instrumentos de sopro. já escrevi isso, basta ter uma corneta que já tem boas chances de cair no meu agrado. e o mighty mighty bosstones - descoberto por acaso - foi o primeiro contato com um vício musical que eu tenho: o ska
.

o big bad voodoo daddy me mostrou que eu podia gostar do mesmo tipo de música que o meu avô sem ser igual a ele ("velho", na minha cabeça de adolescente). também abriu caminho para o interesse por outros gêneros que não estivessem relacionados de alguma forma ao rock. já gostava de alguma coisa desse montão que a gente chama de mpb, mas não posso dizer que estes tenham me influenciado de verdade.

domingo, 17 de abril de 2011

memória musical



não sei se isso acontece com mais alguém, mas tem algumas músicas que ficam impressas na minha cabeça como emblemas de alguma fase da minha vida. não são necessariamente as músicas que eu mais gosto nem aquelas que eu escutei muito, mas estão lá para me lembrar do que sentia em uma determinada época. o som acima é um exemplo disso: eu tinha passado por umas coisas bem foda e tava começando a tomar prumo, a relembrar o que era se divertir de uma maneira saudável. sempre que escuto os violinos do meio para o final da música, me vem esta sensação muito nítida.

ps.: esse som é uma contribuição do primo distante para a minha cultura musical.

na rapidinha



pra começar essa semana curta numa vibração ultra cool (porque esse papo de se mixar já era).

sommelier


como tá fazendo um friozinho, resolvi comprar uma garrafa de vinho para a janta e lembrei de um episódio que aconteceu há umas semanas atrás. nós aqui de casa fomos almoçar na casa de uns amigos que conhecemos nas férias e tinha vinho para beber. como o marido dela não bebe, a dona da casa aproveita quando tem visita para tomar alguma coisa. lá pelas tantas, quando resolvemos beber o tal do vinho, ela começou com um papo assim: "eu fiz um cursinho sobre vinhos, para conhecer melhor", e falava olhando o cálice contra a luz e tal. na metade da frase dela eu já tinha esvaziado a minha taça.
como ela não é uma pessoa esnobe nem nada desse tipo, só nos resta constatar a falta de classe do camarada aqui. é impressionante! eu tenho muita dificuldade com aquelas regras de etiqueta mais sofisticadas. quando uma situação exige alguma pompa e circuntância eu tô fodido. sou do tempo em que mastigar de boca fechada e não colocar os cotovelos em cima da mesa tava de bom tamanho.

sábado, 16 de abril de 2011

uêba!!!




desde que eu comecei a colecionar hot wheels, acho que hoje foi o dia que eu mais dei sorte! se liga nas novidades na garagem. aliás, encontrei uma bruxa na del turista brinquedos que também coleciona pra me passar as novidades.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

arrepio



me emociono pra cacete escutando esse som. acho que é a minha música preferida do ramones.

procura-se!!!


negociamos recompensa.

reabrindo a garagem


fazia uma cara que eu não aumentava a coleção. entre frascos de xampu e panelas, tinha esse aí de cima no balaião das americanas. antes teve um subway e uma caminhada com a família reunida.

prostração

cacetada! é um papo batido, mas durante essa semana meu prazo de validade foi até às oito da noite. um dia vou me prestar a contar quantas vezes por dia alguém me chama para pedir alguma coisa. o cálculo será na proporção das centenas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

urubuzando

eu sei que é coisa de torcedor chato, mas acho que o falcão anda enfatizando demais esse papo de "futebol alegre". tomara que essa alegria toda não signifique todo mundo pro ataque e um deus-nos-acuda na defesa. valei-me, são figueroa!

Dá nada Mucha!!! Vamo que vamo, afinal...


quarta-feira, 13 de abril de 2011

no dia em que eu desvirei e revirei um net

o meu cancelamento da assinatura da net durou aproximadamente uma hora e meia. a falta de concorrência é uma merda.

terça-feira, 12 de abril de 2011

resultado da enquete do sovaco

pois é pessoal, se o governo federal pode dar mais de um milhão pra maria bethânia fazer um blog, não custava nada adiantar cinquentinha para a rapaziada para encher o caminhão de guaraná e conversar bobagem.

resultado:

Qual seria a melhor justificativa para o Sovaco do Arnaldo, a exemplo do blog da Maria Bethânia, ganhar uma bolada do Ministério da Cultura?

Permitir que o Muchacho e o Primo Distante encham o furico de trago de vez em quando sem precisar assaltar o Buda (60%)

tem mais uma perguntinha cretina te esperando ali ao lado. faz favor.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

gente que faz


com o stallone não tem essa. se os outros se encolhem, ele mesmo mete a mão. viva a sétima arte!!!

os primeiros minutos do dia

eu tenho trabalhado bem disposto até, neste ano letivo. mas sabe que aqueles minutinhos entre acordar e levantar nos dias de semana tem sido uma atucanação. por que será?

professor raimundo

há poucos minutos:

- sor! qual é a diferença entre o navio, a tartaruga e a família?
- sei lá. qual é?
- o navio tem casco em baixo e a tartaruga tem casco em cima.
- e a família?
- vai bem, obrigado.

e o salário, ó...

domingo, 10 de abril de 2011

acelera rubinho!


vi a corrida hoje de manhã. ultimamente sempre tem rolado uma coisa que me faz rir: é quando o barrichello vai tomar uma volta de alguém e o narrador fala "o rubinho sabe como é andar na frente e não vai atrapalhar a corrida dos líderes". olha, se ele sabe, já deve estar esquecendo.

sábado, 9 de abril de 2011

meu tenão


já tem horas que eu tô precisando de um pisante novo. já falei disso: nunca fui muito do tenão, mas acho que vou comprar um tênis de basquete. eu piso todo torto e os meus calçados não duram mais de um ano. de repente um desses dura mais, tem alguns que até são bonitos.

capitão codorna


escrevi sobre os desenhos que eu gosto há uns dias. um que eu gostava muito de ver (e já não era mais criança) era o doug. é um desenho curioso porque não trata de nada especificamente mas chama atenção justamente por isso, porque conta a vida de um guri que vai a escola e tem uma amigo e um cachorro, como tantos outros. o bacana é a maneira como essas pequenas coisas são contadas, mostrando como um adolescente fantasia sobre o mundo em que vive e o quão distante essas fantasia podem estar da realidade. além disso, o doug é apaixonado pela patty maionese, o que é o máximo.

ui


de toda aquela palhaçada do jogo de vôlei, a única coisa legal que ficou foi a resposta da equipe de marketing do vôlei futuro.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sempre admirei o modo como o Keith Moon tocava bateria. Nesse vídeo aí que postei, o cara tinha atirado água nela e quando ele tocava (espancava), saía voando água por tudo. Belo efeito.

"o peru está crescendo no jogo"


que venha o falcão. pelo menos esse começa a trabalhar como ídolo. só espero que com a saída do roth, saia também o pé mole na dividida, a troca de figurinhas no meio campo, o deus-nos-acuda na zaga e outros horrores futebolísticos que afligem os colorados há algum tempo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

mundo cão

poucas coisas me deixam realmente abatidos que não sejam as minhas próprias mesquinharias, mas isso me revoltou o estômago como poucas coisas conseguiram. foi uma brutalidade como muitas outras que acontecem todos os dias, mas nunca me tocou tanto a prepotência misturada à arrogância como neste caso. ouvi muita gente dizendo "é louco! é psicopata!". sei lá, não sou psicólogo nem psiquiatra, mas se é para dizer é isso ou aquilo, diria que é o retrato falado da ignorância. e não aquela que é santa, mas outra que é o móvel da vileza que existe entre nós. é a ignorância que faz alguém que se tem na mais alta conta da civilidade dizer que aquele imbecil que atirou nas crianças o fez porque era "muçulmano", posto que foi dito na imprensa que o homem era um tipo de fundamentalista (só que cristão).
de verdade (de verdade mesmo, não é firula), tô cansado de gente que abre a boca só por abrir, de gente que fala o que não sabe, de gente que é arrogante para não ser engolido pelo mundo, daqueles que esqueceram o que significa a modéstia e a humildade, daqueles que sentem e não falam e vão levando o outro em banho maria, de todos aqueles que fazem parte desse embuste descomunal que é a sociedade contemporânea. é tão prosaico enganar um ao outro que alguns não conseguem mais identificar a farsa e o resultado é esse que tivemos e outros, como pais jogando os filhos da janela e filhos matando os pais por heranças.
ao contrário do que pensei um dia, o oposto da ignorância não é a sabedoria, que glorifica, e sim a honestidade, que dimensiona.

Também quero ser foda

"Rusbrock está enterrado há cinco anos; desenterraram-no; seu corpo está intacto e puro (evidentemente! senão, não haveria história); mas: "havia apenas um pontinho no nariz que exibia um leve vestígio, mas um certo vestígio de corrupção". Na figura perfeita e como embalsamada do outro (tanto ela me fascina), vejo súbito um ponto de corrupção. Esse ponto é ínfimo: um gesto, uma palavra, um objeto, uma roupa, algo de insólito que surge (que desponta)de uma região que eu jamais suspeitara, e liga bruscamente o objeto amado a um mundo chão. O outro seria acaso vulgar, ele de quem eu incensava devotamente a elegância e a originalidade? Ei-lo que faz um gesto que desvela nele uma outra raça. Fico pasmo: ouço um contra-ritmo: algo como uma síncope na bela frase do ser amado, o ruído de um rasgão no invólucro liso da Imagem."

Tô lendo um livro foda. Chama-se Fragmentos de um Discurso Amoroso, do Roland Barthes. Difícil no começo, por conta do jeito que o cara escreveu, sem narrativa. Mas depois que engrena, só vai.
E vou te dizer, tem algumas coisas que dão no melão do cara. Essa aí dele dizer que existe o ser amado, e a projeção que tu cria, e quando começam a aparecer umas sujeirinhas no ser amado e se começa a ficar diferente do que se projetou, é genial.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

quando o colorado não colabora...



... sempre rola um som do specials pra alegrar a rapaziada!

e não se tratava da obra de joaquim manuel de macedo

isso tem a ver com o que o primo distante escreveu há uns dias: umas colegas minhas de trabalho tavam conversando sobre a professora nova de ciências da escola e se referiram a ela assim: "é uma moreninha". com essa descrição, estava esperando encontrar uma pessoa pequena, mirrada até, quando me deparei com "a moreninha" hoje: uma mulher negra da cor do ébano (como diria o meu finado avó) de um metro e oitenta. se tem uma coisa que eu acho muito idiota é quando alguém usa o diminutivo para se referir a alguém com uma característica que ela acredita ser um defeito, tipo a "moreninha" ou o "lentinho", por exemplo. isso prova que ser não preconceituoso vai além de cuidar com a fala...

na casa do senhor não existe satan goss



passou esses dias na ulbra tv um episódio do jiraya e lembrei que teve uma época em que eu era viciado nesses seriados tokusatsu (é isso mesmo primo distante?), tipo jaspion e changeman que davam na todas as tardes na manchete (pois é, eu sou do tempo da tv manchete). eram todos iguais e eu assistia a todos. depois eles foram substituídos pelos cavaleiros do zodíaco e pelo dragon ball z e eu dei um tempo. nos desenhos, faço mais um estilo animaniacs. de toda forma, ficou a referência.

muita calma nessa hora

ainda sobre a minha aflição de ontem, tava pensando em outra coisa bem complicada: como conversar com o professor do seu filho sobre uma preocupação que talvez envolva a atuação dele - o professor? notei que por eu ter conversado com elas sobre uma coisa que me afligia em relação ao theodoro, houve um certo melindre do tipo "o que esse pai chato quer"?
é uma situação meio chata porque você não pode ficar quieto vendo seu piá com dificuldade, mas também tem que ter todo o cuidado do universo para acabar não o expondo a uma situação desconfortável. é meio foda porque às vezes você tá afim de mandar todo mundo pro inferno (muitas vezes sem razão) mas precisa se armar em fino para debater com a professora - que também pode ter razão ou não e que também pode estar querendo mandar todo mundo pro inferno em alguns momentos.
quero muito crer que na minha situação - na verdade na situação do theodoro - seja muito mais o caso de colocar certos pingos nos is do que dizer quem está certo e quem está errado, mas certamente é uma tensão - especialmente para o theo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

vacas magras até em sonhos



sonhei que tinha ido a uma banca e que estavam lá para vender novos números de vagabond e hitman, as duas revistas que eu mais gostava de colecionar, mas que tiveram sua publicação cancelada sem aviso prévio. o problema é que cada uma custava mais ou menos dez reais e eu comecei a fazer as contas e fiquei preocupado que esses vinte reais mais o que eu já gastava com as outras que eu vinha comprando ia dar muito dinheiro em gibi por mês e eu teria que abrir mão de alguma. pelo menos nos sonhos a gente deveria não precisar fazer economia.

toma na tua cara

já tem um tempinho que sou professor e já perdi a conta das vezes que eu conversei com os pais dos meus alunos. têm uns que só escutam, outros se desesperam, outros ainda que já esculacham a criança na frente de todo mundo e têm aqueles que tentam entender o que está acontecendo para poder ajudar.
teve uma vez que ao conversar com uma mãe, eu disse que o filho dela estava admirando algumas pessoas que poderiam levar ele por um mau caminho - e não eram os colegas bagunceiros e sim uns marginalzões donos de boca e tudo. e falei isso porque o piá andava pela volta da escola andando com os elementos em questão e apedrejando a casa dos outros, coisa que eu vi e ninguém me contou. não é que a mulher me cai em prantos achando que eu tinha chamado o filho dela de marginal e foi um saricotico pra explicar que ela tinha um bom menino em casa que ainda não tinha discernimento suficiente para enxergar que aquilo que ele estava fazendo podia ser o comecinho de uma estrada bem tortuosa.
desde então redobrei o cuidado que sempre tive para falar com os pais sobre as dificuldades e falhas que seus filhos tem e comentem. digo isso porque já tem um tempinho que estou calçando os sapatos de alguns pais e mães que talvez pudessem ter me parecido meio exagerados na ansiedade em relação à boa criação dos filhos. só quem tem filho entende o tamanho da preocupação que dá ao ver o pequeno esbarrando em alguma coisa que pode parecer banal aos outros.
ser professor e pai esclarece algumas coisas bem difíceis de entender.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

pra pensar mais um pouquinho


sabe quando você terminha um livro ou um filme sem saber ao certo se gostou ou não? pois foi o caso desse livro do senhor joão gilberto noll. tem algumas coisas bem interessantes na narrativa e o enredo é bem intrigante no início. mas ao final, fiquei saber se ele tentou fazer alguma coisa inovadora no tempo da narração ou se a inovação era em relação aos subentendidos do texto (alguma coisa como um "não-texto" ou algo que o valha). sendo assim, ou eu sou meio tapado ou este é um livro que acaba frustrando o leitor ao longo da história (na verdade as duas hipóteses não são mutuamente excludentes).

pra queimar a mufa


para quem gosta de barafustar por pensamentos esquisitos e quer se situar um pouquinho no mundo da filosofia, taí um bom começo. à venda nas melhores casas do ramo, especialmente na bamboletras, uma livraria que eu acho muito simpática.

me esqueci de contar


fiquei um ano andando por tudo que é bolicho que vende hot wheels para ver se achava esse carrinho aí de cima e não fui feliz. nem em americanas, nem em supermercado, nem em loja de brinquedos e nem em lojinha de 1,99. já meio convencido de que esse ia ficar faltando, abandonei a procura. então saí de férias para o arraial d'ajuda e um dia, dando uma caminhada depois da janta, não é que eu olho para uma vitrine de uma loja de sapatos e encontro o bendito lá dentro exposto para venda! pois é, tem uns que trazem um berimbau de recordação da bahia, já eu trouxe um gto wagon em miniatura.

onti e ontonti

estávamos conversando entre uma devassa e outra sobre as bobagens que todos faziam um tempo atrás quando saíam à noite. bebedeira, torração de dinheiro, peregrinação por mil lugares durante a madrugada e por aí vai. claro que tava todo mundo muito saudoso disso, porque estas bobagens rendem graça até hoje. o engraçado é que, por mais saudoso que eu fique, não sinto vontade de fazer as mesmas coisas hoje. como é certa aquela moral que diz que com o tempo algumas coisas perdem a graça. elas perdem mesmo, ainda que eu tenha vontade de sair mais do que me é permitido pelas circunstâncias, não troco por nada a companhia da minha esposa e do meu filho, embora às vezes não demonstre.



mas vontando à adolescência tardia, uma das vezes que me lembro e sempre acho graça foi quando fui me enfiar em laguna (sc) para fazer um concurso para professor, nem me lembro se já era formado na época. aí, para não ir sozinho, o primo distante e um outro amigo foram junto para dar um apoio moral. por apoio moral devemos entender cerveja na noite antes da prova e jogo da verdade (era verdade ou consequência, mas entre três barbados ninguém pedia consequência) que revelou algumas das verdades mais escabrosas de todos os tempos. de toda forma, passei no concurso e até fui chamado.
acima segue um som que era trilha sonora desses tempos.

domingo, 3 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

aproveitando...



... porque quem tem filho pequeno só dá uma banda à noite de vez em quando.

ps.: o que era a voz do brian johnson, hein?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

a dura realidade

ontem, na cama, um pouco antes de desmaiar:

eu: - ô amor, já que o theo vai dormir na minha mãe no sábado, a gente podia fazer alguma coisa. sair pra tomar uma cerveja ou ir ao cinema...
amor: - só precisamos saber como vai estar a nossa situação de grana.
eu: - mas a gente já sabe como vamos estar de grana: fodidos.

e se alguém quiser saber como vai estar a minha situação financeira daqui a uns seis meses, pode me perguntar que eu também sei a respota.

Um assuntinho espinhoso

Faz tempo que estou com esse assunto na cabeça, e de verdade, ainda não consegui encontrar uma resposta. Vamos a ele. No carnaval, em meio a uma cervejinha e outra, peguei um livro dum amigo meu para ler. Era uma seleção de entrevistas da Playboy. Boa leitura pra prainha. Eu podia pegar apenas uma entrevista aleatoriamente, sem precisar seguir a narrativa e a temática normalmente era a mesma: fama, drogas, mulheres, festas e realizações artísticas. Eis que, me deparo com a entrevista do Spike Lee, lá nos anos 90, logo quando ele estava despontando. E o nosso amigo Spike falou uma coisa que ficou martelando na minha cabeça - para ele preconceito é difetente de racismo. E ele avisa pra tomarmos muito cuidado com isso. O carinha disse que preconceito para ele tudo bem, cada um tem sua opinião e mesmo que não gostemos, dane-se. O problema é o racismo, é quando o preconceito é institucionalizado. É a ação. Isso me veio a cabeça outro dia, quando estava almoçando num bar em que o dono, um carinha que sempre fica fazendo piada de negrão, e é, em tese, racista. No entando, a única funcionária dele é negra, e eles, ao que parece, tem um relacionamento ótimo. Fiquei pensando, que, como sempre o vilão da história, a aura do politicamente correto cobrou seu preço nesse assunto também. Ao longo dos anos 90, e começo dos anos 00, foi-se criando o esqueleto do que temos hoje. Temos que cuidar o que falamos, embora,no âmago, pensamos. Em vista do que li, e do que vi, acho que estou criando uma nova concepção da coisa. Pode ser que eu esteja totalmente errado, e pode ser que eu esteja falando, e pensando, merda, mas hoje acho que prefiro alguém que fale como se fosse preconceituoso, mas que aja de forma não racista. Como a do cara, dono do bar que deu emprego a um negro. Esse assunto é meio foda, e não me sinto muito a vontade pra escrever, embora o fiz agora, porque acho que tem muitas lacunas na forma como ele deve ser abordado e eu não tenho a menor convicção de como a coisa deve ser. Mas acho que é bem importante a gente pensar nisso, porque muito mal já foi feito em nome dessa merda toda.