terça-feira, 5 de abril de 2011

toma na tua cara

já tem um tempinho que sou professor e já perdi a conta das vezes que eu conversei com os pais dos meus alunos. têm uns que só escutam, outros se desesperam, outros ainda que já esculacham a criança na frente de todo mundo e têm aqueles que tentam entender o que está acontecendo para poder ajudar.
teve uma vez que ao conversar com uma mãe, eu disse que o filho dela estava admirando algumas pessoas que poderiam levar ele por um mau caminho - e não eram os colegas bagunceiros e sim uns marginalzões donos de boca e tudo. e falei isso porque o piá andava pela volta da escola andando com os elementos em questão e apedrejando a casa dos outros, coisa que eu vi e ninguém me contou. não é que a mulher me cai em prantos achando que eu tinha chamado o filho dela de marginal e foi um saricotico pra explicar que ela tinha um bom menino em casa que ainda não tinha discernimento suficiente para enxergar que aquilo que ele estava fazendo podia ser o comecinho de uma estrada bem tortuosa.
desde então redobrei o cuidado que sempre tive para falar com os pais sobre as dificuldades e falhas que seus filhos tem e comentem. digo isso porque já tem um tempinho que estou calçando os sapatos de alguns pais e mães que talvez pudessem ter me parecido meio exagerados na ansiedade em relação à boa criação dos filhos. só quem tem filho entende o tamanho da preocupação que dá ao ver o pequeno esbarrando em alguma coisa que pode parecer banal aos outros.
ser professor e pai esclarece algumas coisas bem difíceis de entender.

Nenhum comentário: