domingo, 18 de abril de 2010

resolve essa, lobão

acho que posso falar um pouquinho sobre isso, porque coleciono um monte bugigangas desde muito cedo, tem mais de vinte anos. só gibis é desde os oito de idade. sempre sou pela lei e tal, mas essa política anti pirataria do brasil é uma coisa feita muito nas coxas. sabe aquela história do tipo "tem que dizer não, então diz não e o resto não me interessa"?
quem lê gibi, por exemplo. dependendo do tipo de quadrinhos que você lê é uma pentelhação, porque pra lançarem algo novo tem que acender umas trinta velas e quando lançam é uma fortuna. então tem uma rapaziada aí na internet lançando uma rajada de scans dos gibis que o pessoal tanto aguarda nas bancas.
pra quem gosta de colecionar coisas como eu que tem aquela paranóia do objeto novinho guardado em casa, é uma bosta você ir lá e baixar tudo no computador, não poder manusear a revista e tal. mas eu fiz a conta de quanto custaria as duas séries completas que baixei e li esse ano: akira (38 volumes) e preacher (66 volumes). se você fosse comprar (e isso quer dizer se dar ao trabalho de catar edições esgotadas de dez anos atrás e coisas do gênero), não sairia por menos de mil e quinhentos reais! claro, como sai uma revista dessas por ano, você nunca se dá conta do valor que acaba "investindo" durante a vida, mas convenhamos que é um valor muito alto pra gastar em revistas.
com discos é a mesma coisa. com filmes idem ibidem e existem outros exemplos fora da esfera virtual (mais especificamente nas calçadas com os camelôs). então, a menos que quem combate a pirataria também pense um pouco no consumidor, campanha de combate à pirataria vai ser dinheiro colocado na lata do lixo.

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