terça-feira, 17 de maio de 2011

uma velha história

esta é uma estória já muitas vezes ouvida pelos torcedores do sport club internacional:

era uma vez um clube que acabara de ser campeão gaúcho, mas viu a necessidade de reforçar seu time. embora tenha conseguido tal título, sofreu com uma eliminação embaraçosa na taça libertadores da américa e sonhava em ser campeão brasileiro, conquista que não alcançava há mais de trinta anos.
dentre as posições mais carentes, todos notavam a solidão do craque da equipe na vanguarda. seu antigo companheiro se preocupava mais com a própria beleza e o mentor dos bravos vermelhos resolvera escalar escudeiros que não conheciam bem a função. preocupados com o sucesso da empreitada, os nobres dirigentes do tão afamado clube partiram em busca de um novo salvador que ajudaria a implodir a defesa dos adversários com tanto sucesso quanto o portador da sagrada camisa nove.
após uma busca incansável, nossos bravos engravatados chegaram às longíquas terras do nordeste e encontraram um valente que havia feito doze gols no campeonato estadual e levara o glorioso santa cruz novamente às plagas não menos gloriosas dos campeões pernambucanos.
chegado ao novo reino - que estava em obras por causa da copa - nosso novo herói sofreu toda a sorte de infortúnios como tantos outros que, como ele, foram contrados mas nunca chegaram a envergar o manto sagrado colorado. mesmo assim ele nunca deixou de perseverar, acreditando que, através do trabalho árduo, a sorte lhe sorriria novamente.
e após todo o choro e o ranger de dentes, nosso malfadado herói finalmente foi recompensado. na trigésima rodada do grande certame nacional, após as outras cinco opções para o ataque se machucarem, ele foi chamado aos quarenta minutos do segundo tempo para tentar reverter o trágico destino que um adversário vindo de goiás ou do interior paulista infligia aos seus pares. após as sábias intruções do mentor da equipe - "vai lá e faz uma correria" - finalmente a bola surgia aos seus pés, fruto de um perde ganha na pequena área adversária.
nosso injustiçado guerreiro aparou a bola, agradeceu aos deuses pela oportunidade e a chutou com toda a pureza de seu coração. após um breve instante de espectativa, se ouviu uma voz entre a torcida:



ps.: poooooooorrrrrrraaaaa!!!! eu escrevi toda essa baboseira achando que o nome do malandro era geraldo e não gilberto. que cacete!!!

Nenhum comentário: